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Seleção de críticas publicadas em Portugal

 

  • Jornal de Letras, abril de 2013 (sobre A dança dos Loucos)

O romance, muito coeso nas suas partes (...) recebe a marca do habitual estilo do autor, aqui elevado, senão a uma perfeição estilística, pelo menos a um nível de excelência.

Miguel Real

  • Jornal de Letras, agosto de 2019 (sobre O Rinoceronte do Rei)

Com uma longa obra no campo do romance histórico, que faz de SLC um dos melhores cultores deste subgénero, a publicação de O rinoceronte do rei comprova o seu real estatuto neste campo. (…) Bem fundamentado historicamente, O rinoceronte do rei presenteia-nos com o que um bom romance deste subgénero pode oferecer: o prazer da leitura e um acrescentamento de conhecimento.

Miguel Real

 

  • Blog Livros Gosto, agosto 2019 (sobre O Rinoceronte do Rei)

Um livro cinco estrelas, um livro fantástico. É um livro que se lê fenomenalmente. (…) É um romance que não acaba nele próprio. A única coisa que vos peço é: não deixem de ler este livro.

Maria João Covas

 

  • As Leituras do Corvo, novembro de 2016 (sobre Ouro Preto)

É esta convergência gradual que, num livro que, graças à vasta descrição, (…), confere à narrativa uma intensidade cada vez maior, que culmina num final não propriamente inesperado, mas, ainda assim, bastante impressionante.

Ainda um outro aspecto que importa referir quanto a este livro (e é também um toque delicioso) é que, apesar de centrado nas cartas dos dois protagonistas, grande parte do enredo é narrado na terceira pessoa por um narrador não identificado. Narrador esse que não se coíbe de, nos momentos certos, fazer uns quantos comentários certeiros que não só conferem às coisas uma nova perspectiva como lhe dão o fino toque de ironia de quem, observando de longe, tem, ainda assim, opiniões muito claras sobre o que vê.

(…) Há, de facto, muito contexto histórico a assimilar ao longo deste livro, o que confere à narrativa um ritmo pausado. Mas é curioso que este ritmo mais lento não diminui em nada a envolvência da leitura. Porquê? Primeiro, pela tal voz cativante e inesperada que vai contando grande parte da história. E depois porque esse vasto contexto histórico é complementado pelos momentos de aproximação pessoal (principalmente nas cartas e acima de tudo nas de Pedro de Rates) em que há laivos de emoção a vir ao de cima.

Interessante, envolvente e, nos momentos certos, surpreendente, trata-se, portanto, de um livro em que factos históricos e vivências individuais se conjugam num intrigante equilíbrio. E que, mesmo pedindo algum tempo para assimilar todos os pequenos pormenores, vale cada segundo do tempo nele empregue.

Carla Ribeiro

  • Jornal de Letras, agosto de 2016 (sobre Ouro Preto)

Se um título pudesse ser tão extenso, o desta recensão seria “A melhor representação literária de Lisboa de D. João V”. (…) Não o afirmamos de ânimo leve, mas pesando as palavras, ponderando o alto rigor histórico que evidencia [o romance] e a criatividade estética que manifesta. Com efeito SLC (…) terá alcançado em Ouro Preto uma maturidade literária difícil de alcançar. (…) A descrição da cidade de Lisboa é fabulosa e, porventura, aprender-se-á mais lendo-a do que estudando um livro da especialidade – este é para além do quid estético, um dos fatores mais atrativos do romance.

Ouro Preto é um dos romances sobre o qual não teríamos dúvidas em, caso houvesse uma escala classificativa no JL (…) atribuir a máxima pontuação. Por maioria de razão, devia ser editado com urgência no Brasil.

Miguel Real

  • Jornal de Negócios, 6 agosto de 2016 (sobre Ouro Preto)

Uma obra cativante sobre um período extremamente apelativo.

Fernando Sobral

  • Jornal i, julho de 2016 (sobre o livro de contos acerca dos refugiados, “Uma Terra Prometida”)

Uma Terra Prometida reúne nove contos de igual número de autores portugueses, cujo interesse é bastante desigual. Merecem especial destaque, pela positiva, os contos de Afonso Cruz e Ana Margarida Carvalho, tal como o de Sérgio Luís de Carvalho que, bem melhor que o prefácio, justifica uma ambição mais universal e menos colada à actualidade que o tema dos refugiados também merece. 

David Teles Pereira (Jornal i)

  • Jornal de Letras, junho de 2014 (sobre A Última Noite em Lisboa)

Fundado em factos reais, a atmosfera social enquadradora é fundamentada historicamente de um modo real, acrescido de uma linguagem coloquial popular, igualmente real. Ou seja A Última Noite em Lisboa, harmónico nas suas partes constituintes (ação, estilo, personagens), desenha um romance histórico realista.

Miguel Real

 

  • Oje, maio de 2014 (sobre A Última Noite em Lisboa)

Ao ler o empolgante romance histórico intitulado A Última Noite em Lisboa, da autoria de Sérgio Luís de Carvalho, viajei em pensamento por essa cidade, embora num registo de outros tempos.

Cátia Miriam Costa

 

  • Jornal de Letras, agosto de 2012 (sobre O exílio do último liberal)

Um dos mais exímios praticantes do romance histórico em Portugal (…) regressou da melhor maneira. O Exílio do último liberal é um romance histórico clássico, iluminador de um tempo português (…) dotado de personagens suficientemente representativas de ambos os tempos históricos, com a sua personalidade singular e a sua atividade suficientemente rara ou original para receber destaque num romance. (…) Prepare-se o leitor para ler um bom romance histórico clássico.

Miguel Real

 

  • Jornal I de 21 de julho de 2012 (sobre O exílio do último liberal)

Obra bem estruturada, de grande enquadramento histórico e leitura arrebatadora (…). Surpreende pela positiva, na medida em que a ficção e os factos reais da época (revolução industrial) nos cativam até à última página.

Carlos Galamba

 

  • As leituras do corvo, julho de 2012 (sobre O exílio do último liberal)

São várias as características que se conjugam para fazer deste livro uma obra fascinante. Desde a escrita envolvente, fluída, sem grandes elaborações, mas bela na harmonia nas palavras, à forma como a história particular dos protagonistas se equilibra com um contexto histórico claro e bem construído, mas que nunca se torna monótono na forma como é exposto, passando ainda pela forma como o passado se entrelaça com o presente da narrativa, no que constitui uma visão marcante de como as cicatrizes do passado permanecem na mente (e no coração) do protagonista, tudo isto são elementos que contribuem para que esta história seja, ao mesmo tempo, complexa e fácil de acompanhar, num ritmo viciante em que ação e emoção se misturam no equilíbrio perfeito. E a história fascina tanto pelos acontecimentos que narra, como pelos contrastes que resultam destes acontecimentos. Há, portanto, um vasto conjunto de elementos na base do que define a narrativa e o autor conjuga-os com mestria. O resultado final uma história interessante, com o equilíbrio adequado entre acção, contexto e emoção e um leque de personagens carismáticas e com as quais é fácil criar empatia, tudo isto escrito com fluidez e harmonia cativantes, numa obra que cativa desde a primeira página. Emotivo e surpreendente, próximo na relação com as personagens e complexo no seu retrato de uma época, O Exílio do Último Liberal apresenta, com a sua narrativa envolvente e a mestria como conjuga os dilemas pessoais e as questões universais, uma história de leitura compulsiva e uma obra simplesmente fascinante. Recomendo sem reservas.

Carla Ribeiro

 

  • Jornal de Letras, setembro de 2011 (sobre O segredo de Barcarrota)

Com uma composição que adensa, capítulo a capítulo, o clima de terror existente em Barcarrota nos princípios da segunda metade do século XVI, criando o ambiente de suspense próprio de um bom romance, O Segredo de Barcarrota, (…) combina harmoniosamente uma pluralidade de vozes individuais, cada uma com o seu quid singularíssimo…

Miguel Real

 

  • 7Leitores, blog, abril de 2010 (sobre O destino do capitão Blanc)

Sérgio Luís de Carvalho soube fazer muito seriamente o seu trabalho de casa. (…) Conhecer os tempos da República através da literatura é um exercício muito enriquecedor. Fazê-lo através da pena do Sérgio é uma experiência excelente para conhecermos Portugal e os portugueses há pouco menos de cem anos, tão distantes e tão próximos de nós.

José Fanha

 

  • Jornal de Letras, novembro de 2009 (sobre O destino do capitão Blanc)

O Destino do Capitão Blanc institui-se, indubitavelmente, como o melhor romance português sobre a participação portuguesa na I Guerra Mundial.

Miguel Real

 

  • Jornal de Sintra, novembro de 2009 (sobre O retábulo de Genebra)

O Retábulo de Genebra: a arte como liturgia!

Filomena Oliveira

 

  • Livro de análise literária “Itinerários”, 2009 (sobre O retábulo de Genebra)

A voz de um mestre da escrita romanesca - Sérgio Luís de Carvalho faz-se ouvir neste romance.

Annabela Rita

 

  • Jornal de Letras, dezembro de 2008 (sobre O retábulo de Genebra)

Embora amiúde praticado como uma moda que todos se acham no direito de celebrar, dificilmente o romance histórico português, na última década, terá atingido um nível estético de tão superior qualidade como em O Retábulo de Genebra.

Miguel Real

 

  • “Orgia Literária”, janeiro de 2009 (sobre O retábulo de Genebra)

Com escrita delicada e vigorosa, Sérgio Luís de Carvalho traz-nos O Retábulo de Genebra. Oferece-nos quadros narrativos belíssimos, pictóricos, prenhes de sinestesias e silêncios – os silêncios onde se conjuram memória e arte –, e na arte desta escrita os silêncios soltam os sons, as cores e todas as sensações. (…) Exímio, Sérgio Luís de Carvalho mostra-nos a escrita como peregrinação interior num processo metafórico sedutor. (…) Uma alma Ibérica antiquíssima que tem na Literatura Portuguesa e em Sérgio Luís de Carvalho um seu ilustre representante.”

Teresa Sá Couto

 

  • Diário de Notícias de 3 de janeiro de 2009 (sobre O retábulo de Genebra)

Um livro cuja maturidade de escrita e habilidade narrativa prendem desde o início. Se há palavras que valem por mil imagens, Sérgio Luís de Carvalho sabe certamente como as escolher.

Carla Maia de Almeida

 

  • Revista “Inatel” - julho de 2007 (sobre Os Peregrinos sem fé)

A realçar, da editora Campo das Letras, Os peregrinos sem fé, de Sérgio Luís de Carvalho, ficcionista com uma obra consistente e digna da maior atenção.

José Jorge Letria

 

  • Revista “Os meus livros”, de julho de 2007 (sobre os Peregrinos sem fé)

É fácil constatar a frequência com que o romance histórico serve menos para o trabalho da escrita do que para a exibição de dados sobre um determinado período. Não é, felizmente, o caso de Sérgio Luís de Carvalho, que, com “Os peregrinos sem fé” continua, a partir de uma investigação cuidada, o exercício narrativo em torno de algumas questões transversais ao percurso da Humanidade e ao de cada indivíduo que a compõe.

Sara Figueiredo Costa

 

  • Jornal de Letras, agosto de 2006 (sobre Retrato de S. Jerónimo no seu estúdio)

Retrato de S. Jerónimo no seu estúdio, evidencia um universo ficcional seguro, específico e estruturado, que não só singulariza [o autor] no actual panorama do romance português como o torna numa voz extremamente singular, imune a narrativas de moda.

Miguel Real

 

  • Revista Inatel, junho de 2006 (sobre Retrato de S. Jerónimo no seu estúdio)

Neste livro é urdida uma engenhosa trama narrativa a partir de um quadro famoso que representa S. Jerónimo no seu espaço de trabalho e meditação.

José Jorge Letria

 

  • Caminhos, maio 2006 (sobre Retrato de S. Jerónimo no seu estúdio)

Retrato de S. Jerónimo no seu estúdio impressiona pelo seu rigor narrativo e enredo indizível onde se constroem retratos de quatro personagens, e o retrato do leitor que se vai fazendo ao longo da leitura, incentivado por ela. Sérgio Luís de Carvalho mostra-nos em 289 páginas como se toca o passado e como se detêm os segredos do Tempo.

Teresa Sá Couto

 

  • Jornal de Sintra, abril de 2006 (sobre Retrato de S. Jerónimo no seu estúdio)

Único autor português vivo a manipular a língua deste modo, o estilo assim gerado, se individualiza esteticamente os romances (de SLC), cria, por outro lado, inevitáveis resistências ao leitor médio até que este, embalado esteticamente e integrado sintacticamente se lhe habitue, usufruindo então de um raro prazer de leitura.

Filomena Oliveira

 

  • Revista “Os meus livros”, março 2006 (sobre Retrato de S. Jerónimo no seu estúdio)

No equilíbrio entre as duas personagens [principais], afinal reflexos possíveis uma da outra, o tempo da História ganha contornos de uma ficção sobre a qual vale a pena reflectir.

Sara Figueiredo Costa

 

  • Jornal de Letras, 18 fevereiro 2004 (sobre Os Rios da Babilónia)

Deste modo, Os rios da Babilónia faz a experiência heróica e trágica da mais indisfarçável banalidade do quotidiano, reforçada pelo sentido das reticências por que o narrador inicia e acaba o romance, e pelo anonimato de todas as personagens (...). Estamos assim perante um universo céptico, céptico mas lúcido e sábio, como a estória que fecha o romance tão bem o evidencia.

Miguel Real

 

  • Revista "Os meus livros", janeiro 2004 (sobre Os Rios da Babilónia)

Os Rios da Babilónia (...), do melhor que li em dezembro, ou o nosso destino separado e unitário.

Marcelo Rebelo de Sousa

 

  • Livro de análise literária Geração de 90 - Romance e sociedade no Portugal contemporâneo, 2001 (Sobre a obra do autor)

Em As Horas de Monsaraz, Sérgio Luís de Carvalho não pretende dizer como o homem deve ser ou como a História deveria ter sido (...). Não se trata de uma literatura edificante ou ferozmente crítica, trata-se simplesmente de literatura: em Sérgio Luís de Carvalho, um texto cria o mundo cripto-judaico alentejano do séc. XIV, e assim o mundo torna-se texto, texto que acaba por nos ensinar mais sobre a realidade do séc. XVI, que as estruturas longas dos historiadores.

Miguel Real

 

  • Jornal de Letras, 24 janeiro 2001 (sobre El-rei pastor)

Se a estreia de Sérgio Luís de Carvalho como romancista com o livro Anno Domini 1348 revelou uma invulgar qualidade literária (...) e se o seu segundo romance As Horas de Monsaraz, manifestava já uma apreciável maturidade, hoje não podemos deixar de constatar como este novo romance consolida e desenvolve, quanto ao estilo, à construção das personagens, ao desenvolvimento da história e à descrição do ambiente social, a continuidade da maturidade já alcançada.

Miguel Real

 

  • Livro de análise literária As trevas inocentes, 2000 (Sobre a obra do autor)

A linguagem é de uma contenção exemplar, com construções arcaizantes que conhecem os seus próprios limites; as imagens são de uma cativante simplicidade na sua riqueza evocativa; a sobreposição de discursos seduz pelo equilíbrio da verosimilhança, pelo distanciamento da ironia, pela proximidade dramática da interrogação do ser. Sérgio Luís de Carvalho é um escritor de talento que merece ser lido, conhecido e divulgado.

Manuel Frias Martins

 

  • Revista da Fundação Gulbenkian, 2000 (sobre El-Rei Pastor)

Os escritos medievais desta obra são impecáveis no seu rebuscamento estilístico, na sua construção. Um obra complexa esta, e também literariamente notável, de grande fôlego criativo.

Fernanda Botelho

 

  • Jornal de Letras, 23 de junho de 1992 (Sobre Anno Domini 1348)

(...) Vale a pena ler este livro e pensar os dispositivos do diálogo entre História e ficção a que ele despretenciosamente nos convida. Merece-o a elegância da sua escrita, a sensibilidade apurada da sua linguagem, a inventividade da sua articulação narrativa, a sageza dos seus núcleos interpretativos.

Manuel Frias Martins

 

  • Diário de Notícias, 17 de agosto de 1991 (sobre Anno Domini 1348)

Para além de ser um romance fascinante, é ainda um estudo bem documentado sobre o tempo medieval e sobre a vila de Sintra (...). Mas nada disso nos aparece como "lição aprendida", antes se integra na narrativa sem artifício de qualquer espécie. Uma obra a merecer a atenção.

Alice Vieira

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